Vermelho

Após desbravar discursos turvos dos bravos laureados ocupantes das cadeiras enfeitadas de insegurança, deparei-me com o louco, o animal e como todo privado gostei. Há tempos não via por estas bandas um pouco de sangue e imaginem só, de repente, eu, um macaco, perdido no cosmos, num verdadeiro deserto de vozes fantasmagóricas, encontrar um fragmento de vida vermelho. Doutos de doutos, belos farsantes, onde estão os doutos das matérias mundanas? Daquele mundo que na infância vivi. Será que os doutos de doutos, supérfluos como são, se aproveitaram da doutrina dos inocentes?
Se não se pode ver os sábios, apenas feiticeiros, só se trata de ambiente, sei que nas lacunas como o sangue que por trás das palavras está encoberto, eles também estão, nutrindo-se daquilo que ainda é real.
E que luta continue. 

2 comentários:

  1. "Vermelho" no título. E, no final, "e que a luta continue"; ficou top e petista (top de novo).

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  2. Curti demais!! A parte "nutrindo-se daquilo que ainda é real" me fez lembrar os três registro que Lacan trabalha: real, simbólico e imaginário. Sei lá, me veio na cabeça.

    E que a luta continue..!

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