Fantasmas que habitam meu coração

Sob a luz do luar, vagando em minhas fantasias, estão as damas da noite, exalando o perfume das flores carnívoras. Cabelos emaranhados contendo a riqueza das formas, silhuetas banhadas pelo meu olhar infantil, mulheres e seus jeitos, penetram-me, dão-me vontade de tê-las nos braços. Mas como sustentar o intangível? Sou experiente, são fantasmas, são elas o pedaço de mim que mais ama o pedaço daquelas, que ao contrário destas são reais.

Prof. Mentalismo.

Na tua prova não tem meu nome. Não escrevi. É que só escrevo certo por linhas certas, não me alinho a métricas de títulos indignos das fontes que li. Reli relíquias, desfiz charadas, minhas fontes são grandes e claras, são os raros crivos encontrados em sebos, corrigem as múltiplas escolhas do teu mesmo erro.

Rosa

A musa nua,  mulher despida, ferida a gosto. Belo gosto. Há um tanto de história por trás da carne que mostra que é vida encarnada, o fruto da flor e também a seiva que banha este velho.
Moça que já foi menina, conta-me um tanto do teu bairro, das aventuras, do céu que te alegra, daquilo que melhor te cerca.
Por dentro desses galhos velhos espero tua seiva, para que cresça a mesma rosa do teu bairro, das tuas aventuras e do teu jardim.

Antropofagia

Enfiaram-me um mundo pela goela, engoli tudo até dar conta de mim, deparei-me que nunca havia chegado e que aqui estava, então cuspi. Cuspi palavras, restando a língua, assim como no início era a variabilidade, surgiu o verbo como o vômito dessa antropofagia.  Tendo dito, edito-me e assim tenho dito o que sou, o homem da frase, a frase do homem, o discurso que diz o curso do meu dizer, diz quem sou e como soo.