O primeiro hiato desde o nascimento.

Somos pó que o vento leva, organismos guiados por instinto, sujeitos à língua dos homens, fruto do passado e como tais impedidos de sermos agora algo diferente do que somos, passivos à nossa origem, continuando passivos até nos perguntamos sobre o sentido da vida. Sim! Somente até nos perguntarmos sobre o sentido da vida! No entanto, acrescento que perguntar sobre o sentido da vida não é uma pergunta, é uma condição, condição onde não há perguntas só cursos de ação, ilusórios em sentido real e reais como ilusão. É o estado que nos coloca de frente para nossa história diante da história das outras coisas. Nele é preciso que as perguntas, antes gatilhos para respostas certeiras, sejam artefatos de nossa vida em terra, quando ainda fazia sentido respondê-las. - L.C.M.

Nenhum comentário:

Postar um comentário